A loteria e a sorte nas peças de teatro de Jean-Pierre Martinez

Embora o dinheiro não traga felicidade, curiosamente, todo mundo sonha em ficar rico. Claro, pode-se confiar no talento inato e no trabalho de toda uma vida para alcançar esse objetivo. Mas, nesse caso, dificilmente seria o tema de uma comédia.

De modo geral, nada que seja justo, lógico, motivado e que exija tempo pertence ao universo da comédia. O cômico surge da amoralidade, do absurdo, do acidental e do repentino. Ganhar na loteria é, para todos, uma das poucas oportunidades de mudar radicalmente de vida, de status social ou até de identidade num piscar de olhos, sem ter feito nada para merecê-lo.

Com todos os conflitos que essa possibilidade pode gerar em nossas relações com os outros, com a família, com o parceiro… Uma mudança tão repentina e imerecida, que beira o milagre laico, torna-se assim um argumento ideal para a comédia.

Tiago e Clara estão prestes a se casar em algumas horas. Rafael e Luz, à beira do divórcio, vão transformar este feliz acontecimento numa verdadeira batalha campal. Quando se casa, é melhor escolher bem as suas testemunhas...

Após um acidente de carro envolvendo uma carruagem funerária, a chegada de um caixão contendo um bilhete de loteria em um bar é o enredo de uma comédia muito engraçada.

Jerónimo y Cristina han invitado a cenar a una pareja de amigos. Pero la señora llega sola, deshecha. Acaba de saber que el avión que traía a su marido a París se ha estrellado en el mar. Pendientes de las noticias con la posible viuda para saber si su marido forma o no parte de los supervivientes, la pareja descubre de pronto que acaba de ganar el bote de la primitiva de ese martes 13. La consigna es, desde ese momento, « disimula tu alegría »… Numerosas e impredecibles peripecias se suceden a lo largo de esta agitada jornada…

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