O Tempo e a Morte nas peças de teatro de Jean-Pierre Martinez

O tempo é o grande mistério do universo. Seu corolário, a morte, é o grande tabu da nossa sociedade. O tempo que passa e a morte que espreita também constituem um argumento central para a comédia, especialmente quando esses temas são abordados com humor e ironia.

O tema do tempo tende a abrir-se a fantasias filosóficas e ao absurdo, enquanto a morte é o tema central do humor negro.

Num país sob o jugo de um tirano, enquanto a protesto cresce e a repressão se intensifica, um médico e um padre confrontam-se sobre se o dever sagrado de suas respectivas funções prevalece ou não sobre o dos cidadãos que também são ambos. O assunto é nada mais que a vida ou morte do ditador e, portanto, a perpetuação do regime ou a aceleração de sua queda...

Comédia de esquetes. Sobre o tempo, a vida, a morte, o amor... e o eterno retorno.

Sem ser filósofo e sem se deitar no divã de um psicólogo, em nossos momentos de lazer ou durante nossas noites de insónia, cada um de nós questiona o sentido da vida. Pelo menos o sentido da sua própria vida. Dessa forma, nos confrontamos com pequenas perguntas sem grandes respostas. Ou mesmo grandes perguntas sem sequer um vislumbre de resposta. A menos que a rotina diária de repente descarrile e nos atire, com vertigem, à beira do abismo insondável do sentido. Um fundo tormentoso pode então emergir à superfície, revelando-se como um monstro marinho, um sentido proibido... que constitui a essência trágico-cómica de nossas existências cotidianas. Uma descida cómica às profundezas de nossas vidas superficiais...

Três pessoas se encontram na zona de um acidente para prestar uma última homenagem ao seu irmão desaparecido em um desastre aéreo. Mas o que exatamente aconteceu? E quem são eles, na realidade?

De verdade e de brincadeira de Jean-Pierre Martinez Se às vezes é difícil distinguir a verdade da mentira, podemos aproveitar para misturá-las com …

O cemitério de Beaucon-le-Château está lotado. Para receber novos defuntos, seria necessário proceder a uma ampliação. Mas a proprietária do parque adjacente recusa-se obstinadamente a ceder nem mesmo uma parcela. Para resolver esta situação de emergência, o presidente da câmara toma uma medida radical: morrer será estritamente proibido no território do município, sob pena de sanções...

Comédia de esquetes. Humor negro...

Numa cama de hospital, um homem que perdeu a memória após uma cirurgia de último recurso vê passar todas as mulheres que esqueceu. Poderá uma delas ser a mulher da sua vida?

Na noite de Ano Novo, um homem está de plantão no Instituto Forense. Uma hora antes das doze badaladas da meia-noite, uma mulher aparece na sua frente, coberta apenas por um lençol. Ele não sabe quem ela é nem de onde vem. E este Réveillon na morgue, que se previa entediante até morrer, acabará cheio de surpresas… Uma comédia ao mesmo tempo romântica e absurda, com um forte toque de humor negro.

Pedro, um pesquisador, acaba de encontrar o soro da vida eterna. Consciente das consequências imprevisíveis de tal descoberta, está prestes a desistir de torná-la pública. No entanto, sua esposa, que sonha em preservar sua juventude para sempre, e seu amante, que deseja viver eternamente, não estão dispostos a fazer tal sacrifício...

Contagem regressiva... Um casal acaba de comprar a casa dos seus sonhos, a um preço surpreendentemente baixo. O que terá acontecido naquela casa para que ninguém a quisesse comprar antes? Os antigos proprietários morreram ali em circunstâncias tão dramáticas quanto misteriosas… Um conto filosófico em forma de contagem regressiva sobre o destino tragicómico da humanidade em geral, e do casal em particular.

Scroll to Top